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Colesterol alto na infância? O que você precisa saber para proteger a saúde das crianças

Publicado em 27 de novembro de 2025

Quando pensamos em colesterol alto, geralmente associamos essa condição ao público adulto. Mas a realidade é que esse problema também pode aparecer na infância e na adolescência e trazer riscos que se estendem para a vida adulta. Segundo especialistas, detectar cedo o aumento dos níveis séricos de colesterol e adotar medidas preventivas são ações essenciais para reduzir complicações cardiovasculares no futuro.

Afinal, o que é colesterol?

O colesterol é uma gordura fundamental para o organismo, usada na formação de células, hormônios e vitaminas. O problema acontece quando os níveis ficam elevados, principalmente o LDL (“colesterol ruim”), que pode se acumular nas artérias e formar placas de gordura.

Por sua vez, o HDL (“colesterol bom”) faz o papel de elemento protetor, já que ajuda a retirar o excesso de colesterol da circulação. Já os triglicérides (TG), quando em níveis altos, também aumentam o risco de desenvolver doenças do coração.

Essa combinação de alterações é chamada de dislipidemia (DLP).

Causas do colesterol alto em crianças

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), as concentrações de colesterol podem se elevar por dois fatores principais:

  • genética: em casos raros, doenças como a hipercolesterolemia familiar mantêm os níveis altos de colesterol mesmo em crianças com bons hábitos de vida;
  • estilo de vida: é a causa mais comum, ligada ao sedentarismo e à alimentação rica em frituras, doces, refrigerantes e ultraprocessados.

Vale destacar que crianças magras também podem ter colesterol alto, especialmente em casos de predisposição genética.

Como e quando diagnosticar

O exame laboratorial de sangue chamado perfil lipídico mede as concentrações de colesterol total, LDL, HDL e triglicérides. Segundo as diretrizes:

  • todas as crianças devem fazer o primeiro exame entre os 9 e 12 anos de idade, antes de atingir a puberdade;
  • crianças com obesidade, diabetes ou histórico familiar devem iniciar o acompanhamento mais cedo, entre os 2 e 8 anos de idade;
  • atualmente, não é mais necessário jejum para realizar o exame.

Nos casos de suspeita de hipercolesterolemia familiar, os níveis de LDL podem ultrapassar 190 mg/dL em crianças (uma medida isolada não é suficiente para diagnóstico, portanto é necessário fazer o acompanhamento do paciente). Além disso, o histórico de infarto precoce ou morte súbita em familiares deve ser levado em conta.

Prevenção e exames

A boa notícia é que, na maioria dos casos, o colesterol alto infantil pode ser controlado com mudanças no estilo de vida.

Alimentação
  • Prefira frutas, verduras, legumes, peixes, frango, leite e queijos magros.
  • Evite frituras, biscoitos recheados, bolos, refrigerantes e ultraprocessados em geral.
Atividade física
  • Reduza o tempo em frente às telas.
  • Estimule brincadeiras ao ar livre, a prática regular de esportes e atividades que mantenham as crianças em movimento.
Acompanhamento médico
  • Nos casos de hipercolesterolemia familiar, apenas a mudança de hábitos pode não ser suficiente. O uso de medicamentos pode ser indicado pelo especialista, de acordo com a idade e o risco cardiovascular.

Quer mais dicas sobre prevenção? Confira também: cuidar da saúde dos pequenos

O colesterol alto na infância é silencioso, mas as consequências podem aparecer no futuro, com o aumento do risco de doenças cardiovasculares. Por isso, a prevenção deve começar cedo, com a realização de consultas regulares, exames de rotina e a adoção de hábitos saudáveis no dia a dia.

Cuidar da saúde das crianças hoje é garantir que elas cresçam mais fortes, ativas e preparadas para o amanhã.

Fonte:
https://jornal.usp.br/atualidades/colesterol-alto-nao-preocupa-somente-adultos-mas-tambem-criancas/
https://www.sbp.com.br/pediatria-para-familias/doencas/colesterol-aumentado-em-criancas/
https://drive.google.com/file/d/1soj_iH1A1NUa9KKNgHYHeb2XWzpLpNeR/view
https://www.endocrino.org.br/media/sbd_sbem_ebook_(2)_(1).pdf

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