Natural no organismo humano, o Ácido Hialurônico (AH) age na manutenção do volume, sustentação, hidratação, elasticidade da pele. Você já deve ter visto por aí esse nome em dermocosméticos, clínicas de estética e redes sociais, entre outros. 

Vamos começar contando quem é o AH. Ele pode ser encontrado na matriz extracelular da pele. Além da pele, ele está presente nos olhos, cartilagens e líquido sinovial. No entanto, a produção tende a diminuir no organismo com o avanço da idade. E a redução provoca desidratação da pele e surgimento de linhas de expressão, resultado do desgaste das fibras elásticas, além da perda de elasticidade e alteração no volume facial.  

Para amenizar esses sinais, o preenchimento cutâneo é uma alternativa que, de acordo com os protocolos adequados e com orientação de um dermatologista, pode ser eficaz e seguro. Hoje, o AH é o principal preenchedor utilizado em procedimentos estéticos.
 
Ao devolver o AH nas camadas internas da pele, o equilíbrio hídrico é estabelecido, mantendo a proteção da pele, ou seja, conservando e aumentando a hidratação superficial. Mas, atenção: o ácido hialurônico presente em produtos cosméticos hidrata de forma superficial, já os injetáveis têm a função de preencher e só podem ser aplicados por médicos especializados.

A técnica é empregada na correção de sulcos, rugas e cicatrizes, diminuindo sua profundidade, e resulta na reposição do volume da face e definição dos contornos e formas. Sua aplicação também pode ser feita para corrigir cicatrizes de acne e tratamento de olheiras. O AH ainda pode ter como objetivo uma hidratação intensa, por via injetável: ele se espalha pela derme, estimulando a produção natural de colágeno e de ácido hialurônico endógeno, ou seja, pelo organismo. Nunca é demais reforçar: a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda que o procedimento seja realizado por um médico capacitado e habilitado a executá-lo. 

Não acaba por aí. O efeito vai muito além da estética: a substância também é utilizada como suplementação de fluído das articulações em doenças como artrite, em cirurgia dos olhos e como apoio da regeneração de feridas cirúrgicas. Essa ação se deve ao fato de o AH ser um componente de importantes líquidos do corpo, como o sinovial, responsável por lubrificar as articulações, e o humor vítreo, que atua na manutenção da forma esférica dos olhos. 

Para qualquer que seja o caso, a orientação médica é essencial para determinar tipo de ácido, densidade e quantidade usados no procedimento. Além disso, a aplicação envolve uma série de técnicas e conhecimentos, que só um profissional capacitado pode executar.

Fontes:

https://faculdadefacsete.edu.br/monografia/items/show/4784
https://rbmc.emnuvens.com.br/rbmc/article/download/28/24
https://www.sbd.org.br/tratamentos/preenchimento/
http://www.unilago.edu.br/revista/edicaoatual/Sumario/2016/downloads/33.pdf