Roncar pode até ser normal e nem sempre é indicativo de alguma doença, mas é bom saber diferenciar os sons emitidos. Por exemplo, quando alternado com engasgos, o ronco pode ser a causa de algo maior conhecido como apneia obstrutiva do sono.
 
Essa síndrome causa pequenas pausas na entrada de ar que leva a diminuição da concentração de oxigênio no sangue, caracterizada pela obstrução parcial ou total das vias aéreas, causando apneia ou hipopneia. Para ficar mais claro: a apneia é a interrupção completa do fluxo de ar por meio do nariz ou da boca por um período de pelo menos dez segundos; já a hipopneia causa uma redução de 30% a 50% do fluxo oronasal associado a queda de saturação.
 
De acordo com a pesquisa realizada pelo Professor Sergio Tufik - EPISONO, só na população paulistana cerca de 32,9% sofrem de SAOS (Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono).
 
Além do ronco excessivamente alto, acordar com a sensação de sufocamento, boca seca, espasmo da laringe e dificuldade de concentração, quase sempre é um alerta. Por isso é importante estarmos sempre atentos aos sinais do nosso corpo!
 
Que a apneia do sono prejudica as noites do portador e de quem vive com ele, nós já sabemos. Mas você sabia que a SAOS não é tão inofensiva quanto parece e que ela pode desencadear problemas cardiovasculares?
 
Especialistas afirmam que os pacientes com distúrbio do sono têm quatro vezes mais chances de apresentar problemas cardiovasculares do que os que não possuem, e as pessoas diagnosticadas com esse quadro também têm 2,5 vezes mais probabilidade de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
 
Para realizar o tratamento da apneia do sono é preciso avaliar cada caso cuidadosamente, o diagnóstico é feito por um exame chamado polissonografia, geralmente realizado por médicos pneumologistas. É preciso ainda realizar exames cardíacos para acompanhar os efeitos sobre eventuais doenças. Em algumas situações, o uso de aparelhos ortodônticos pode resolver a questão, já em outras é preciso recorrer a procedimentos cirúrgicos.
 
Se você não se lembra como é ter uma boa noite de sono, nós te ajudamos! Separamos algumas dicas que podem ajudar a superar esse desafio e ter mais qualidade de vida.
 
. Manter o peso adequado: quando engordamos é criado depósitos de gordura nas estruturas que envolvem a faringe e a língua, reduzindo o espaço para a passagem de ar.
 
. Evitar o consumo de álcool: a bebida alcoólica pode aumentar o relaxamento dos músculos da boca e da garganta, podendo interferir no controle do cérebro sobre os músculos envolvidos na respiração.
 
. Não fumar por pelo menos 4 horas antes de se deitar: o hábito causa a inflamação das vias aéreas superiores o impedindo de respirar.
 
. Pratique atividade física: além de ajudar na manutenção do peso, a atividade é um grande aliado do sistema respiratório.
 
. Durma de lado: quando dormimos de barriga para cima ocorre uma obstrução nasal, forçando o corpo a respirar pela boca.
 
Se você reconheceu algum dos sintomas mencionados aqui, procurar um médico é o primeiro passo para descobrir a origem do problema. Com o tratamento, a respiração adquire um ritmo regular e aumentam as chances de um sono tranquilo e a melhora na qualidade de vida.
 
Fontes:
Sociedade brasileira de endocrinologia e metabologia
https://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-apneia-do-sono/
 
Institudo do Sono
https://institutodosono.com/pesquisas/episono/
 
CPAPS
https://www.cpaps.com.br/blog/apneia-e-doencas-cardiovasculares/#:~:text=A%20Apneia%20do%20Sono%20
 
Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro
http://www.sopterj.com.br/respirar/perguntas-frequentes/o-que-e-apneia-do-sono/
 
SUMMIT SAÚDE (Estadão)
https://summitsaude.estadao.com.br/saude-humanizada/qual-e-a-relacao-entre-apneia-do-sono-e-doencas-cardiovasculares/