A longevidade já é uma realidade para a população brasileira. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em dez anos, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais passou de 11,3% para 14,7% da população. Com isso, medidas para garantir qualidade de vida na terceira idade passam a se tornar uma pauta importante.

Nesse sentido, a mobilidade física é um dos temas de grande peso, pois é nessa fase da vida que há um aumento das doenças crônico-degenerativas que são marcadas por alterações na massa muscular e óssea, podendo também afetar o equilíbrio; isso porque os ossos são tecidos vivos, sujeitos a desgastes e envelhecimento. A osteoporose é uma das doenças que ganha destaque, caracterizada pela perda dessa massa óssea, resultando em ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. 

Em mulheres, o problema ainda é mais grave, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma a cada duas mulheres terá uma fratura óssea, e, que ocorrem cerca de nove milhões de fraturas globalmente por ano. Mas há uma explicação por trás disso: a menopausa, período que geralmente acontece entre os 45 e 55 anos, e é marcado pela redução de estrogênio que entre suas funções, está a de participar do processo de remodelação e reparação óssea. 

Apesar de ser mais comum em mulheres, a condição também afeta homens e merece atenção. No Brasil, estima-se que a osteoporose atinja cerca de 10 milhões de brasileiros, sendo que 14% apresentam fraturas, de acordo com a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO).

Além da menopausa, outros fatores de risco podem ser considerados para o desenvolvimento da osteoporose, como por exemplo histórico familiar, baixa ingestão de cálcio, consumo excessivo de álcool, baixa exposição ao sol e sedentarismo. Segundo a OMS, ainda se enquadram nessa lista o tabagismo, uso de corticoides por mais de três meses e índice de massa corporal (IMC) inferior a 19.
 
No entanto, algumas medidas preventivas podem ser introduzidas na rotina para evitar o aparecimento da doença. Segundo a ABRASSO, o consumo diário recomendado de cálcio adequado para um adulto manter a saúde óssea varia de 800 a 1.000 mg por dia, e de 1.200mg para pessoas acima de 51 anos. A vitamina D é um importante componente nessa conta, pois é ela que irá facilitar a absorção do mineral. 

E não é só isso! A prática regular de exercícios de resistência e o treinamento de força também contribuem para o aumento de massa muscular e aumento de densidade óssea.

O apoio e orientações de profissionais, como educadores físicos e nutricionistas, podem ajudar na prevenção e melhora da qualidade de vida. Esse é um caminho eficaz quando falamos de osteoporose!


Fontes:
https://rbo.org.br/detalhes/24/pt-BR/osteoporose-atualizacao-no-diagnostico-e-principios-basicos-para-o-tratamento

https://www.reumatologia.org.br/download/osteoporose-a4/

https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/20786/2/Oteoporose%20.pdf

https://abrasso.org.br/campanha/fraturas-por-osteoporose-causam-cerca-de-200-mil-mortes-por-ano-no-brasil/#:~:text=Fraturas%20por%20osteoporose%20causam%20cerca,por%20ano%2C%20no%20Brasil%20%7C%20ABRASSO

https://abrasso.org.br/campanha-quanto-calcio/